quarta-feira, 24 de agosto de 2011

DIZER NÃO AO PRECONCEITO

O verbete "aidético" embora muito utilizado, principalmente no meio jurídico e parlamentar, além de não existir oficialmente em nosso idioma (o Português falado no Brasil) é considerado agressivo, rotula discriminação e preconceito. Os termos adequados, lícitos e politicamente corretos para uma pessoa com sorologia positiva para o HIV são respectivamente: soropositivos, HIV positivo ou portador do HIV.
Historicamente é muito comum se atribuir ao próprio doente a responsabilidade pela doença que o vitimou, associando-se ao seu modo de vida, hábitos e costumes, que muitas vezes são considerados, por parte da sociedade não apenas como diferentes mas, desviantes ou desregrados. A partir de então surge a idéia, hoje combatida, dos chamados "grupos de risco". Identificar responsáveis é uma maneira simplista de explicar o que não se compreende, e também uma atividade "terapêutica" pois uma vez achados os "culpados" os demais estão automaticamente eximidos de toda e qualquer responsabilidade. No inconsciente coletivo esses indivíduos deveriam então ser penalizados pelo seu delito e seus agravos.
Diante de toda e qualquer epidemia há sempre um movimento acusatório de maior ou menor intensidade, variando de acordo com a gravidade. A responsabilidade e a culpa recaem invariavelmente sobre as minorias, os diferentes, pobres, fracos e marginalizados, incapazes de oferecer resistência ou de se defender. Mas este tipo de comportamento não é novo, desde os tempos medievais quando a Peste Negra assolou a Europa, viajantes, judeus, leprosos e marginais foram os primeiros a ser responsabilizados pela disseminação da epidemia que dizimou grande parte da população. Os próprios tratados médicos da época, que versavam sobre a Peste Negra, evidenciavam a: "ação maléfica dos envenenadores". Não era incomum, naqueles tempos, os "culpados" serem não apenas expulsos, escorraçados da região, como também punidos severamente: humilhados, espancados, as vezes até sumariamente executados e queimados, arbitrariamente, para aplacar a ira dos indignados.
É evidente, por mais incrível que possa parecer, que ainda nos dias de hoje, em vez de se adotar uma conduta consciente, solidária e construtiva diante da AIDS, ainda existem aqueles que são guiados pelo furor acusatório dos tempos feudais, e que buscam segregar "os culpados pelos pecados da humanidade", discriminando algumas minorias já bastante marginalizadas como os homossexuais, hemofílicos, usuários de drogas injetáveis e as prostitutas, por serem pessoas diferentes ou simplesmente mais vulneráveis.
Luiz Fernando Conde Sangenis, ressalta com bastante lucidez, no seu livro: AIDS e Juventude: "Ainda que não aceitemos certos comportamentos e opções das pessoas, nem por isso estamos eximidos de respeita-las na sua dignidade humana, inclusive considerando os seus direitos inalienáveis".
O livro Direito das Pessoas Vivendo com HIV e AIDS, publicado pelo Grupo PELA VIDDA em 1993, com o apoio da Fundação Ford e da Sociedade Viva Cazuza, retrata esta realidade de forma clara: "O fato da Infecção pelo HIV e AIDS ter sido detectada inicialmente em determinadas pessoas ou grupos sociais como os homossexuais masculinos e os usuários de drogas endovenosas, concorreu objetivamente para a estigmatização e a discriminação que, somadas à incurabilidade da doença (ou conjunto de doenças), determinaram para a pessoa com HIV e AIDS uma condenação não só à morte biológica, natural e reservada a todos, independente da sorologia para o HIV, mas, com muito mais rigidez, à morte civil, impedindo-a de exercer plenamente todos os seus direitos de cidadã. A AIDS deixa de ser uma doença para ser uma "pena" aplicada aos "criminosos morais".
Janete Hanan chama a atenção, em seu livro A Percepção Social da AIDS – Raízes do Preconceito e da Discriminação, para essas disfunções: "As propagandas oficiais veiculadas ajudaram a gravar em letras maiúsculas e vermelhas: AIDS PEGA e AIDS MATA. O resultado mostra-se até hoje catastrófico: todos tem pavor do doente (esquecendo a doença), mas poucos sabem como preveni-la ou evitá-la".
Ultimamente as campanhas oficiais melhoraram muito em qualidade, nível de informação e respeito aos portadores da AIDS, mas ainda não encontraram o melhor caminho para a educação e o atalho da prevenção. Por isso é muito importante salientar que a contaminação pelo HIV não está restrita aos chamados "grupos de risco". Qualquer pessoa, de qualquer grupo social, está sujeita a contrair o vírus. Ao mesmo tempo é preciso desmistificar e desdramatizar a doença: não se pega AIDS simplesmente pelo convívio diário com um soropositivo. Contatos diretos como aperto de mão, abraço e outros casuais, até mesmo o beijo não provoca contaminação. Também não se pega AIDS através de picadas de insetos, mordidas de animais, partilhando a mesma água da piscina, pelo uso comum de banheiros: privadas, pias, chuveiros, assentos e etc.. Muito menos no uso de utensílios domésticos como: talheres, pratos, toalhas, vestuário, roupa de cama e etc.. No local de trabalho, o vírus não circula pelo ar, não se transmite pelo espirro, tosse, suor, saliva, ou pelo uso de objetos comuns de trabalho.
NOTA: Os únicos objetos pessoais de um soropositivo que não devem ser usados (compartilhados) por outras pessoas são os chamados perfuro cortantes, tais como: alicate de unha, de cutícula, lâminas de barbear e os de higiene pessoal: como  escova de dentes, porque a utilização desses instrumentos pode ocasionar sangramento e os resíduos podem provocar contágio. Também é desaconselhado o compartilhamento das chamadas "toalhinhas íntimas" femininas porque estas guardam resíduos de secreção vaginal.
Lamentavelmente, ainda é muito comum no meio social um soropositivo masculino que não seja hemofílico ou assumidamente gay, carregar sobre seus ombros o peso incômodo e desafortunado da desconfiança injustificada de parentes, amigos, ou terceiros, de que ele seja usuário de drogas injetáveis ou bissexual. As pessoas leigas ainda relutam em acreditar que os heterossexuais, mesmo àqueles que não se drogam, também podem ser contaminados pelo HIV. Para as mulheres, o fantasma de uma conduta promíscua, clandestina e do consumo de drogas pesará da mesma forma, porque a AIDS está associada historicamente a uma forma de uma vida ilícita, libertina e pecaminosa.     
A imagem de um portador da AIDS que nos salta dos arquivos da memória é sempre a de uma pessoa magra, debilitada, com o corpo coberto de manchas, deitada sobre uma cama definhando, sofrendo solitária e abandonada. Esta imagem foi verdadeira um dia, é bem verdade, mas já faz muito tempo. Hoje com o advento de novas e potentes drogas e os avanços terapêuticos, na maioria das vezes é muito difícil, reconhecer um portador do HIV, principalmente quando em estado assintomático, simplesmente olhando-se para ele. No cotidiano o que diferencia uma pessoa soropositiva das outras é o preconceito.


Alimentação


Uma alimentação saudável aumenta a resistência à aids, fornecendo energia para as atividades diárias e, também, vitaminas e minerais que o organismo precisa. Além de tornar a pessoa mais disposta, uma alimentação equilibrada fortalece o sistema de defesa, ajuda no controle das gorduras e açúcares do sangue, a absorção intestinal e melhora os resultados do tratamento.
A alimentação saudável é aquela que tem todos os alimentos necessários, de forma variada e equilibrada. Para se ter uma alimentação saudável, o ser humano precisa consumir alimentos de todos os três grupos:
Carboidratos
Fornecem a energia necessária para as atividades do dia a dia, como andar, falar, respirar etc.
Encontrados em: arroz, açúcar, massas, batata, mandioca, cereais, farinhas e pães.
Proteínas
Todos os tecidos do corpo são formados por elas. São as principais componentes dos anticorpos e dos músculos. Constroem, “consertam” e mantêm o corpo, além de aumentarem a resistência do organismo às infecções.
Encontradas em: carnes bovinas, suína, frango, peixes, miúdos, ovos, leite, iogurtes e queijos (animais) e feijão, soja e derivados, castanhas, amendoim, amêndoa (vegetais).
Gorduras
Fornecem energia. O organismo precisa delas em pequenas quantidades. Algumas vitaminas usam-nas para serem transportadas no organismo, assim como alguns medicamentos antirretrovirais também.
Encontrados em: manteiga, óleos, azeite de oliva, margarina, gordura animal (presente nas carnes).

Como se alimentar melhor?

O ideal é fazer três refeições principais por dia, com dois ou três lanches nos intervalos. A alimentação deve ser balanceada, variada, dando preferência aos alimentos não industrializados, sempre respeitando as características e hábitos de cada um. Deve ser priorizado o consumo diário de frutas, verduras, legumes, alimentos integrais e carnes magras. Frituras, gorduras e açúcares devem ser diminuídos ou evitados.

Cuidado com os alimentos

Um grande problema para os soropositivos são as doenças provocadas por alimentos contaminados, que podem causar vômitos, diarreias ou mesmo infecção intestinal. Alguns cuidados e dicas com os alimentos:
  • Antes de cozinhar, lavar bem as mãos e os utensílios que forem ser usados.
  • Copos ou pratos rachados não devem ser usados, pois os germes se acumulam nas rachaduras.
  • O lixo deve estar bem tampado e longe dos alimentos.
  • Manter os alimentos fora do alcance dos insetos, roedores e outros animais. Cobrir ou guardar em vasilhas bem fechadas.
  • Não consumir alimentos com alterações de cor ou cheiro.
  • Descongelar as carnes na geladeira e não em temperatura ambiente. Evitar comer carne crua.
  • O leite pasteurizado deve ser mantido na geladeira depois de aberto e a atenção na validade deve ser constante. Se não for pasteurizado, recomenda-se ferver antes de beber.
  • Evitar comer ovos crus. Cozinhar até ficarem duros (6 a 8 minutos de fervura) ou fritar até a gema ficar dura.
  • Cortar a carne e os vegetais em tábuas de plástico ou vidro e depois lavar. Evitar a tábua de madeira, pois acumulam muitos germes e bactérias.


Efeitos colaterais

O tratamento com os medicamentos antirretrovirais traz muitos benefícios aos pacientes: aumentam a sobrevida e melhoram a qualidade de vida de quem segue corretamente as recomendações médicas. Mas, como os medicamentos precisam ser muito fortes para impedir a multiplicação do vírusno organismo, podem causar alguns efeitos colaterais desagradáveis.
Entre os mais frequentes, encontram-se: diarreia, vômitos, náuseas, manchas avermelhadas pelo corpo (chamadas pelos médicos de rash cutâneo), agitação, insônia e sonhos vívidos. Há pessoas que não sentem mal-estar. Isso pode estar relacionado com características pessoais, estilo e hábitos de vida, mas não significa que o tratamento não está dando certo.
Alguns desses sintomas ocorrem no início do tratamento e tendem a desaparecer em poucos dias ou semanas. É importante saber que existem diversas alternativas para melhorá-los. Por isso, é recomendável que o soropositivo procure o serviço de saúde em que faz o acompanhamento, para que possa receber o atendimento adequado. Nesses casos, não recomenda-se a automedicação (pode piorar o mal-estar) nem o abandono do tratamento (causando a resistência do vírus ao remédio).
Além dos efeitos colaterais temporários descritos acima, os pacientes podem sofrer com alterações que ocorrem a longo prazo, resultantes da ação do HIV, somados aos efeitos tóxicos provocados pelos medicamentos. Os coquetéis antiaids podem causar danos aos  rinsfígadoossosestômago e intestinoneuropsiquiátricas. Além disso, podem modificar o metabolismo, provocando lipodistrofia (mudança na distribuição de gordura pelo corpo),diabetes, entre outras doenças.

Lipodistrofia

As mudanças ocorrem pela má distribuição da gordura do corpo. Existe uma perda de gordura no rosto, glúteos, pernas e braços e acúmulo no abdômen, costas, pescoço e mamas. Essas alterações podem aparecer juntas ou isoladas. Há casos em que a gordura diminui em determinadas partes do corpo e aumenta em outras. E relatos em que o paciente somente perde gordura ou aumenta em algumas dessas regiões.
As pessoas em uso de antirretrovirais devem ficar atentas, principalmente, às modificações no seu corpo e conversar com o médico que faz o acompanhamento. A primeira providência do profissional pode ser mudar algum medicamento que o paciente esteja tomando, além de indicar atenção especial à alimentação e à prática de atividades físicas. Essas duas ações podem amenizar os danos da lipodistrofia e até mesmo evitar que esse efeito colateral apareça.
As alterações mais graves podem ser corrigidas por cirurgias plásticas reparadoras. Elas são gratuitas e estão disponíveis em várias unidades da rede pública de saúde de todo o país. Algumas das mais frequentes são: preenchimento facial com polimetilmetacrilato, para o tratamento da perda de gordura no rosto; lipoaspiração nas mamas, abdômen, giba (abaixo da nuca) e costas; implante de prótese glútea.
Na lipodistrofia, também podem ocorrer alterações nas gorduras - colesterol e triglicérides - e no açúcar do sangue (glicose). São chamadas de alterações metabólicas, que podem levar ao aumento do risco de doenças do coração (cardiovasculares) e ao aparecimento do diabetes.

Diabetes

Alterações do metabolismo podem desenvolver resistência à insulina e, em alguns casos, o surgimento da diabetes mellitus. Nesse caso, a atenção deve ser redobrada, pois a resistência à insulina é fator de risco para o aumento da pressão arterial e de outras doenças cardíacas.

Rins

As alterações nos rins relacionadas ao HIV podem ser agudas (curtas, mas bastante intensas) ou crônicas (duram muito tempo). Por isso, qualquer dor na parte de baixo das costas ou ao urinar deve ser comunicada ao médico o mais rapidamente possível. Mais frequente entre as doenças, a insuficiência renal é causada pelos efeitos tóxicos da terapia antirretroviral ou por remédios usados para tratar as infecções oportunistas.

Fígado

Os antirretrovirais também podem causar danos ao fígado, podendo até levar à sua insuficiência. Muitos dos remédios usados no tratamento da aids e de doenças oportunistas têm seu metabolismo feito no fígado. Ou seja, para serem absorvidos pelo organismo, precisam ser “desmembrados” no fígado, o que causa sobrecarga e alterações no funcionamento do órgão.

Ossos

Os ossos vivem diariamente um processo de formação e reabsorção, que pode ser desregulado durante a infecção pelo HIV. Quando isso ocorre, pode surgir a osteoporose, doença que torna o osso mais frágil, aumentando o risco de fraturas. Outros fatores importantes que podem contribuir para a perda óssea são: deficiências nutricionais, baixos níveis de cálcio no organismo e hipertireoidismo (excesso de funcionamento da glândula tireoide).

Alterações neuropsiquiátricas

Alguns medicamentos antirretrovirais, especialmente o Efavirenz, podem desencadear agitação, alucinações, amnésia (perda da memória, temporária ou não), ansiedade, confusão mental, convulsões, depressão, dificuldade de concentração, irritabilidade, insônia, pesadelos e sonhos vívidos. Essas alterações neuropsiquiátricas são mais comuns entre os pacientes que ingerem álcool e os usuários de drogas. Portanto, é importante o soropositivo avisar ao médico se faz uso dessas substâncias. Antes da indicação dos coquetéis antiaids, será necessária a avaliação de um profissional de saúde mental.

Sintomas gastrointestinais

Em geral, ocorrem logo no início do tratamento e, na maioria dos casos, desaparecem ou são atenuados após o primeiro mês de uso do medicamento. Entre os mais frequentes encontram-se: diarreiavômitos, náuseasboca secador ao engoliraziaprisão de ventre.
A alimentação é muito importante para melhorar alguns sintomas ou efeitos colaterais que podem aparecer com o uso dos medicamentos. Nesses casos, alguns cuidados adequados com a alimentação são fortes aliados e necessários para manter o equilíbrio do organismo, a hidratação do corpo e recuperar o bem-estar.
Em caso de náuseas e vômitos, recomenda-se:
- Não ficar de estômago vazio, pois pode piorar a sensação de náusea.
- Evitar comer os alimentos preferidos, porque, quando o mal-estar passa, esses alimentos podem trazer recordações ruins.
- Fazer pequenas refeições, se possível a cada 2 ou 3 horas.
- Ao acordar, experimentar comer alimentos secos, como biscoitos de água e sal, de polvilho, torradas, sem tomar líquido.
- Não tomar líquidos durante as refeições.
- Procurar tomar bastante líquido, de preferência soro caseiro, água de coco, sucos, bebidas isotônicas geladas, em pequenas quantidades.
- Preferir alimentos bem cozidos e pastosos.
- Evitar alimentos gordurosos (incluindo frituras), muito temperados, doces e bebidas gasosas.
- Evitar alimentos quentes; preferir comidas frias ou a temperatura ambiente.
- Evitar deitar-se após a refeição. Procurar descansar sentado ou recostado.
Para tratar a diarreia, é indicado:
- Beber bastante líquido entre as refeições: água, água de arroz, água de coco, chás, sucos naturais coados e especialmente soro de caseiro.
- Não deixar de comer; fazer pequenas refeições de 2 em 2 horas.
- Lavar e cozinhar bem os alimentos.
- Evitar açúcar e doces.
Quem está com feridas na boca ou sente dor ao engolir pode:
- Comer alimentos macios ou bem cozidos como sopas cremosas, purê de batata, maçã cozida, banana amassada, pão de forma, miolo de pão, gelatina, pudins e flãs.
- Umedecer pão ou biscoito no leite, chá (camomila, erva doce, erva cidreira, hortelã), sopa ou outros líquidos para ficarem macios.
- Tomar suco natural de caju, goiaba ou laranja lima como fonte de vitamina C. Eles ajudam na cicatrização das feridas.
- Usar canudo ou copo para as comidas líquidas (sopa, mingau), ao invés de colher.
- Evitar alimentos apimentados ou ácidos.
- Evitar alimentos e bebidas muito quentes. Preferir alimentos à temperatura ambiente, frios e bebidas geladas.
Aqueles com boca seca precisam:
- Beber de 6 a 8 copos de água por dia.
- Chupar bala do tipo azedinha, de gengibre ou mascar chiclete sem açúcar.
- Umedecer os alimentos (pão, torrada e outros) antes de comê-los.
- Dar preferência a alimentos cozidos com caldos ou molhos.
- Enxaguar a boca com frequência, isso ajudará a refrescá-la.
Atenção: alimentos ácidos ou doces podem estimular a produção de saliva, mas podem também causar irritação na boca se tiver alguma ferida.
Pacientes que sofrem de azia ou queimação no estômago podem tomar chás digestivos após a refeição (verde, hortelã ou boldo) e devem evitar:
- Condimentos, pimenta de todos os tipos, alimentos gordurosos e café.
- Deitar-se após a refeição. Procurar descansar sentado ou recostado.
- Comer doces.
Quando os remédios causam gases intestinais, é preciso:
- Evitar refrigerantes, cervejas, doces, brócolis, couve-flor, couve, feijão, batata-doce.
- Diminuir o consumo de milho, grão-de-bico, casca de frutas e verduras (alface, couve)
- Seguir os horários habituais das refeições.
- Mastigar de boca fechada e não falar enquanto come, pois isso faz engolir ar, aumentando os gases intestinais.
Para evitar intestino preso, é prudente:
- Aumentar o consumo de fibras na dieta, comendo mais saladas de folhas e adicionando nas refeições farelo de aveia, arroz ou linhaça.
- Aumentar a ingestão de água para, pelo menos, 3 litros por dia.
- Praticar alguma atividade física, o movimento estimula a musculatura intestinal.
- Usar azeite ou óleo vegetal nas verduras cruas.
Em situações onde há febre e suores noturnos, é necessário:
- Aumentar a ingestão de líquidos. Tomar mais água, sucos de frutas frescas, sucos de vegetais ou água de coco, para repor os minerais perdidos pelo suor ou pela febre.
- Manter uma alimentação variada, nos horários habituais.
- Aumentar o consumo de massas, pães, cereais e arroz.
Alimentos mais indicados
- Alimentos ricos em potássio como banana, batata e carnes brancas.
- Pão branco, torradas, bolachas (maisena, água e sal, leite).
- Arroz, macarrão com molho caseiro (tomate sem casca e sem sementes)
- Batata, mandioquinha, cenoura, cará, inhame, mandioca, chuchu, abobrinha sem semente.
- Carnes magras em geral (vaca, peixe, frango sem pele), de preferência grelhadas, assadas ou cozidas.
- Leite de soja, leite sem lactose, iogurte natural desnatado, queijo branco ou ricota.
- Frutas cruas ou cozidas sem casca como maçã, banana, pera e goiaba sem sementes.
- Sucos de frutas naturais – limão, maracujá, maçã, goiaba e acerola.
- Gelatina, maisena, aveia e tapioca.
Evitar
- Frituras e alimentos gordurosos: maionese, linguiça, salsicha, toucinho, queijos amarelos, chocolate, sorvetes cremosos e creme de leite.
- Enlatados em geral: sucos artificiais, doces e salgadinhos.
- Alimentos que formam gases: repolho, brócolis, couve-flor, milho, pepino, pimentão, rabanete, nabo, salsão, cebola, alho-poró e refrigerantes.
- Cereais integrais, legumes e verduras cruas, frutas secas.
- Leite integral ou desnatado.
- Alimentos crus.

Outras alterações frequentes

O tratamento da aids pode levar ao aparecimento de algumas condições associadas, como a dislipidemia (aumento das gorduras no sangue), hipertensão arterial e intolerância à glicose. A dislipidemia é caracterizada por níveis altos de triglicérides, aumento do colesterol total e do colesterol LDL (mau colesterol) e diminuição do colesterol HDL (bom colesterol).


DEPOIMENTO--------------------------------------------------


Foi através de uma doação voluntária de sangue que descobri o vírus HIV. Fui
chamada no banco de sangue dias após a doação para repetir um exame, fiquei atordoada, mas fiz o exame.
Depois de alguns dias fui chamada novamente pra receber o resultado, meus
pais estavam comigo.
Quando o médico responsável pelo laboratório me comunicou o resultado, positivo, foi como se um filme tivesse passado em minha mente, isso em questão de segundos.
Pensei nos meus filhos, pois desde então não sabia quando tinha sido contaminada. Tive que levá-los para fazer também o exame, até a espera do resultado, que seria no mesmo dia no final da tarde, as horas pareciam não passar... Mas enfim, eles estavam livres! Foi o que pensei naquele momento!
Naquela hora você pensa que vai morrer dentro de mais alguns dias!!! Claro que essa não é a realidade, hoje existem várias formas de se evitar a disseminação do vírus nas células CD4, essas que são responsáveis pela nossa, digamos, saúde.
O vírus ataca essas células e assim vamos perdendo nossa imunidade, ficando mais suscetíveis a doenças oportunistas, como a pneumonia, tuberculose, herpes, dentre outras, e essas doenças é que matam, não o vírus, somos mais fortes que ele, isso está cientificamente comprovado, basta que arregacemos as mangas e lutemos, principalmente lutemos contra o pré-conceito, esse sim destrói. E esse pré-conceito se dá pela falta de informação.
Tudo isso me atormentou também, principalmente pela falta de conhecimento, foi então que fui buscar tudo sobre o vírus. Passei a tomar o coquetel e já no primeiro mês meu CD4 aumentou e minha carga viral passou a ser indetectável, isso quer dizer 0 de carga viral.
Todo esse progresso se deu também pelo apoio de minha família, amigos. Recebi amor de todos aqueles que estavam ao meu lado.
Em nenhum momento pensei em desistir, mas lutar sem desanimar!
Sei que escolhi estar aqui e estar nessa, vamos chamar, Condição. O Pai Celeste não nos pune, pelo contrário nos ama, ampara e consola.
Pensar em desistir diante de um exame positivo de HIV é bobagem, a ordem é lutar, lutar pela vida.
E foi assim que lutando, encontrei um parceiro na mesma condição, estamos juntos, nos amamos, e mais... Temos uma Filha Maravilhosa, que não tem o vírus.
Quando engravidei, busquei auxílio na Casa Espírita e foi-me anunciada a chegada de um espírito de Luz, que só nos traria Felicidade e iria somente acrescentar em nossas vidas.
Imaginem então se eu tivesse desistido... Se não tivesse lutado... Seria hoje a mais infeliz das criaturas, talvez nem aqui entre os encarnados estivesse.
Sou grata a Deus em primeiro lugar pelo seu amor e pela oportunidade de aprimoramento através desta condição. Não tenho medo e nem vergonha de falar com as pessoas, apesar ainda de ser grande o preconceito, este me assustava muito, mas aprendi também que tem preconceito quem não conhece, quem não procura conhecer.
Sei que sou uma filha amada do Pai Maior, e que talvez essa seja a maior das oportunidades que Ele me deu, de através dessa condição, servir e aprimorar meu espírito, já que esse corpo terreno é transitório, e quando este findar haverá um espírito que é eterno e livre!
Agradeço ao Pai, sou grata por ter conhecido alguém especial, pelos meus filhos, pela nossa filha amada, sou grata por poder servir, talvez um dia, de exemplo, de que não vale a pena desistir diante de uma notícia que aparentemente poderia ser a pior de nossa vida, poderá esta ser a melhor, pois a partir dela, você ama mais, luta mais, cresce mais, VIVE MAIS!!!
Pense no que disse Chico Xavier, na sua imensa sabedoria:
“Tudo tem seu apogeu e seu declínio... É natural que seja assim; todavia, quando tudo parece convergir para o que supomos o nada, eis que a vida ressurge triunfante e bela!... Novas folhas, novas flores, na indefinida bênção do recomeço!...”.
Recomece todos os dias, cada dia é uma nova oportunidade, lembre-se sempre que o que escrevemos no livro da vida é de nossa inteira responsabilidade, Deus só nos concede as páginas no livro.
Fiquem em Paz, na Paz do Cristo, nosso Irmão e Mestre Maior!
BEIJO NA BOCA E USE CAMISINHA SEMPRE FIQUEM COM DEUS!!!!!!!!!

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