sexta-feira, 16 de setembro de 2011

VHIVENDO COM O PRECONCEITO

 DEPOIMENTO:                                                                

Márcia, 25 anos
Meu nome é Márcia, tenho 25 anos, e há 2 meses fui fazer uma doação de sangue, pois minha tia estava internada e precisando de sangue, um mês depois me ligaram do hospital, pedindo para fazer uma nova coleta, fiquei assustada mas fui, mais um tempo se passou e ligaram pedindo para eu ir falar com o médico... fiquei apavorada e há dois dias tive a confirmação...
Chorei muito, foi como se o mundo desabasse sobre mim, pensei nas minhas filhas, no meu atual namorado (5 meses de namoro), na minha família... E o medo foi muito grande...
Fiquei tentando achar um culpado, e o pior é que a grande culpada de tudo isso foi eu mesma, que fui incapaz de dizer NÃO VOU TRANSAR SEM CAMISINHA.
Nunca fui uma promíscua, morei com uma pessoa quase 4 anos, que faleceu em 1999 (morte violenta) e, que foi o pai de minha primeira filha, depois tive um relacionamento de quase 2 anos, tive minha segunda filha, não deu certo, parti para outra e na carência me envolvi com um rapaz que estava no regime semi aberto de liberdade, fiquei com ele uns 9 meses, não usávamos camisinha, mas ele sempre me mostrava exames negativados, depois disso tive dois parceiros eventuais, e há 5 meses conheci meu atual namorado, não usamos camisinha também, ele é doador do PróSangue, ou pelo menos era, até esse pesadelo acontecer...
Na hora, liguei para ele e pedi que viesse ao meu encontro, ao me ver chorando, perguntou o que era, e eu comecei a chorar mais ainda, pedindo perdão... Ele soube de tudo e disse que nada vai separar a gente, que me ama muito e vai ficar do meu lado, mas estou com muito medo dele estar contaminado, eu ficaria pior se isso acontecesse...não seria justo, entende?
Ele fez o exame, eu também refiz, mas a expectativa é grande...Quero me agarrar à possibilidade de que ele não vai ter nada, apesar de haver grandes chances... E as outras pessoas envolvidas? Meu Deus !!!
Aparentemente, estou ótima, nunca tive nenhum sintoma que pudesse achar anormal, apesar de vez em quando, ter estomatite, suar bastante, coisas que achava normal...
Contei para duas irmãs e duas amigas, além do meu namorado... Na verdade, acho que me precipitei, tamanha confusão e desequilíbrio...
Estou me sentindo confusa, perdida, não quero acreditar que seja verdade...
Me ajudem!!!
Fui muito bem amparada pelo serviço público, embora tenha dado muitas voltas, pois há vários serviços em greve, onde disseram que não poderiam me ajudar enquanto estivessem nessa situação..., mas eu tenho medo... pelas minhas filhas, meu namorado, minha família...
Disseram-me que hoje isso não é mais um bicho de sete cabeças, que existe um tratamento a seguir e que em muitos casos é perfeitamente possível conviver com esse diagnóstico...
Ficarei mais aliviada quando tiver certeza de que não fui causadora da desgraça alheia, farei exames nas minhas filhas apesar de serem mínimas as possibilidades, minha cabeça está a um milhão... é como se um filme se passasse e você buscasse respostas que infelizmente, levam a um único responsável, você mesmo...
Estou pedindo forças a Deus a todo momento, afinal tenho duas filhas para criar (uma de 7 e uma de 3 anos) que estão vivendo este drama, me vêem chorar e perguntam o por quê, a mais velha então, nem se fala, e eu fico querendo ser forte, dizer que tá tudo bem... mas só Deus sabe o que estou sentindo...
Uma coisa é certa, eu quero viver, quero viver para ver minhas filhas crescerem...
Sei que passarei por situações difíceis, mas vou acreditar na minha força...
Digam-me, no começo é assim mesmo? Essa confusão, onde há momentos em que você acredita, outros em que fica com medo e deprimida... Pois é assim que estou me sentindo...
Vai dar tudo certo, não vai?
Na verdade, acho que meu maior medo está sendo o preconceito das pessoas, enfrentar o MEU PRÓPRIO PRECONCEITO, que hoje sei que era grande, entende?                                                                                                         "Todo preconceito é fruto da burrice, da ignorância, e qualquer atividade cultural contra preconceitos é válida." Paulo Autran )

"Triste época ! É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito."
( Albert Einstein ) -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Teste rápido de aids itinerante chega a São Paulo

Serviço de testagem anti-HIV será oferecido em regiões da capital paulista frequentadas por gays, HSH e travestis
 
Chega à cidade de SP, hoje (16), o programa itinerante de teste de Aids, o Quero Fazer. Trata-se de uma unidade móvel de teste rápido para HIV que oferece o resultado em cerca de 30 minutos, com sigilo e segurança. O trailer fica estacionado próximo a locais onde gays, HSH (homens que fazem sexo com homens) e travestis costumam freqüentar, em horários alternativos aos serviços disponíveis. A ação visa chegar às populações vulneráveis ao HIV/Aids, principalmente aquelas que têm dificuldade de acessar os serviços de saúde.
Inicialmente, o trailer oferecerá os testes anti-HIV no Largo do Arouche, zona central da cidade, e as atividades acontecerão aos domingos, das 16h às 20h. Como estratégia de divulgação, os Educadores do Programa circularão abordando os frequentadores da região sobre a importância da prevenção e da tecnologia do teste rápido, além de distribuírem camisinhas.
Atualmente o Programa é executado pela Associação Espaço de Prevenção e Atenção Humanizada (EPAH), ONG sediada em São Paulo com reconhecida experiência e atuação no âmbito do apoio a crianças, adolescentes e adultos vivendo com HIV/Aids, bem como no campo da prevenção primária e secundária do HIV. 
O Quero Fazer é realizado com apoio da Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID/Brasil), o Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e, em São Paulo, com a parceria da Coordenação Estadual de DST/Aids e do Programa Municipal de DST/Aids.
A estratégia de Aconselhamento e Testagem Voluntária (ATV) utilizando-se do trailer já acontece desde 2009 no Recife com a parceria dos Programas Estaduais e Municipais de DST/Aids  e da ONG AMOTRANS. E GTP+. Em 2010 iniciou no Distrito Federal, em parceria com a Universidade de Brasília e o apoio do Grupo Estruturação, ANAV-TRANS, ELOS LGBT e RNP+/DF. Na cidade do Rio de Janeiro, o serviço também iniciou em 2010 na sede do Grupo Arco-Íris, ONG LGBT, e conta com o apoio do Grupo Pela VIDDA/RJ. Além disso, como colaboradores do programa estão os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs) e outros serviços públicos de saúde, como o Hospital dos Servidores do Estado (RJ) e o Hospital Universitário (BSB).  
O Quero Fazer utiliza testes rápidos para fazer o diagnóstico. Eles são confiáveis e seguros. A testagem é voluntária, sigilosa e é garantida confidencialidade de todas as informações no processo de testagem. Essa estratégia de acesso a testagem quer garantir que gays, HSH e travestis acessem esse serviço sem nenhuma situação constrangedora de estigma e discriminação.
Nos dois primeiros anos de Programa (2009/2010), foram realizados mais de 5.000 testes. O Programa em São Paulo, tem previsão para atuar até janeiro de 2014 e ao final do mesmo buscar-se-á sustentabilidade a partir dos Programas de DST/Aids Estadual e Municipal. O Programa tem como meta testar e dar os resultados para  10.000 pessoas vinculadas a população prioritária no período de 2011 – 2014.
COBERTURA – QUERO FAZER (CONSOLIDADO 2009/2010)
 
RECIFE
RIO DE JANEIRO
DISTRITO FEDERAL
 
ONG
653
297
-
 
CTA
39
-
-
 
TRAILER
3039
-
1097
 
TOTAL GERAL
3731
297
1097
5125
TOTAL POP QF
2004
220
546
2770
*Meta 4.700 atendimentos (gays, HSH e travestis) para 02 anos de Programa. Atendemos em 01 ano (set/2009 a set/2010) 59% dessa população, lembrando que as atividades em Recife iniciaram em Set/2009, no Rio de Janeiro em Fevereiro de 2010 e Brasília em maio de 2010. 
O país enfrenta alta taxa de mortalidade por Aids, estabilizada em uma média de onze mil mortes anos, segundo Boletim Epidemiológico do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. O número correspondente a 20% do número total de óbitos em toda a América Latina. Uma das razões para compreender este fenômeno é o diagnóstico tardio da infecção. Daí a importância do Quero Fazer em trabalhar com o diagnóstico precoce como elemento estratégico para o enfrentamento da epidemia. Para mais informações, acesse: www.querofazer.org.br---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Nota de falecimento

O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde lamenta o falecimento no último sábado, dia 10 de setembro de 2011, na Irlanda, da religiosa Sarah Helena Regan, 68 anos, vítima de câncer. Irmã Helena, como era conhecida na Congregação das Irmãs de São Luis, chegou ao Brasil em 1988.  No ano de 1996, passou a cuidar de pessoas com aids na comunidade de Perus, zona noroeste da cidade de São Paulo. Naquele mesmo ano, fundou o projeto Bem-Me-Quer, que acolhe pessoas vivendo com HIV/Aids e familiares em situação de pobreza. O Departamento se solidariza com todos os envolvidos com o projeto Bem-Me-Quer, amigos, familiares, ativistas e integrantes da congregação da qual fez parte irmã Helena e lamenta a perda da religiosa.QUE DEUS ABENÇÕE SEMPRE ESTA ALMA TÃO GENEROSA!!
 
E PRA FINALIZAR NÃO ESQUECER NUNCA DE USAR A CAMISINHA,PRECONCEITO SÓ O DE NÃO USA-LA OK !!!BEIJO NA BOCA

                                                                         

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