domingo, 3 de junho de 2012

ADESÃO


O que é adesão

Aderir ao tratamento para a aids, significa tomar os remédios prescritos pelo médico nos horários corretos, manter uma boa alimentação, praticarexercícios físicos, comparecer ao serviço de saúde nos dias previstos, entre outros cuidados. Quando o paciente não segue todas as recomendações médicas, o HIV, vírus causador da doença, pode ficar resistente aos medicamentos antirretrovirais. E isso diminui as alternativas de tratamento.Seguir as recomendações médicas parece simples, mas é uma das grandes dificuldades encontradas pelos pacientes, pois interfere diretamente na sua rotina. O paciente deve estar bem informado sobre o progresso do tratamento, o resultado dos testes, os possíveis efeitos colaterais e o que fazer para amenizá-los. Por isso, é preciso alertar ao médico sobre as dificuldades que possam surgir, além de tirar todas as dúvidas e conversar abertamente com a equipe de saúde.Para facilitar a adesão aos medicamentos, recomenda-se adequar os horários dos remédios à rotina diária. Geralmente os esquecimentos ocorrem nos finais de semana, férias ou outros períodos fora da rotina. Utilizar tabelas, calendários ou despertador, como do telefone celular, facilita lembrar os horários corretos para tomar os remédios. Veja outras dicas que ajudam a manter a adesão.
Apoio social
Atualmente, existem organizações governamentais e não governamentais que podem ajudar o soropositivo a enfrentar suas dificuldades e a lidar com situações de estresse por conta da doença. São duas ações de apoio oferecidas: afetivo-emocional e operacional. O afetivo-emocional inclui atividades voltadas para a atenção, companhia e escuta. Já o operacional ajuda em tarefas domésticas ou em aspectos práticos do próprio tratamento, como acompanhar a pessoa em uma consulta, buscar os medicamentos na unidade de saúde, tomar conta dos filhos nos dias de consulta, entre outras. Ambos fazem com que a pessoa se sinta cuidada, pertencendo a uma rede social.
A troca de experiências entre pessoas que já passaram pelas mesmas vivências e dificuldades no tratamento, também conhecido como ação entre pares, também ajuda a promover a adesão, pois possibilita o compartilhamento de dúvidas e soluções e a emergência de dicas e informações importantes para todos.O suporte social pode ser dado por familiares, amigos, pessoas de grupo religioso ou integrantes de instituições, profissionais de serviços de saúde e pessoas de organizações da sociedade civil Destaques na Mídia:                                                                                                                            DOCUMENTO DA FIOCRUZ CRITICA PROGRAMA ANTIAIDS DO PAÍS
Matéria da repórter Lígia Formenti afirma que anos depois de despertar elogios no cenário internacional e ser apontado como modelo, o programa de DST/aids brasileiro foi criticado por publicação do próprio governo. Documento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), integrante do projeto Saúde Brasil 2030, diz que o programa “arrefeceu”. O documento recomenda: “É preciso correção de rumos do programa”. O secretário de Vigilância em Saúde (SVS), Jarbas Barbosa, rebate a afirmação, argumentando que os números do texto estão desatualizados. Os portais UOL e G1 também publicaram matéria sobre o assunto.
ESTUDO CAUSA POLÊMICA AO COMPARAR DOENÇA DE CHAGAS À AIDS
A Agência de Notícias da Aids publica matéria sobre a polêmica causada por artigo científico que sugeriu que a doença transmitida pelo inseto popularmente conhecido como barbeiro – Doença de Chagas – esteja em franca expansão no continente americano. O estudo, escrito por dez cientistas baseados nos Estados Unidos e no México e publicado no Journal of Neglected Tropical Diseases (focado em doenças tropicais negligenciadas por políticas de saúde pública), afirma que a situação de Chagas tem semelhança com a epidemia de HIV registrada no início dos anos 80                                                   .                                                                                                        DEPOIMENTO:Meu nome é Walmir, há cerca de cinco anos atrás eu e minha esposa contraímos o vírus HIV. Nessa época eu estava trabalhando em uma empresa de confecções.
Minha esposa adoeceu, levei-a a uma clínica que pertencia ao convênio da empresa, lá foi diagnosticada a meningite, e também que ela era soropositiva. Após fazer o teste descobri que eu também estava contaminado.
Iniciei meu tratamento na Fundação Zerbini, no ambulatório conhecido como Casa da AIDS. Minha esposa continuou o tratamento através da clínica conveniada pela empresa.
Fui chamado para uma conversa por um diretor da empresa, senhor José; ele era amigo da família e inclusive freqüentava a casa dos meus pais. Durante a conversa o senhor José disse-me "Walmir, eu já sei de tudo o que está acontecendo, mas pode ficar tranqüilo que isso ficará entre nós dois, e não contarei nem para os funcionários, nem para os patrões". O senhor José entrara algumas vezes em contato com a clínica onde minha esposa fazia tratamento para saber como ela estava.
Fiquei mais aliviado, pois estava consciente que eu era um bom funcionário, e estava em perfeita condição para o trabalho.
Passados alguns dias, o senhor José comunicou-me que não seria mais o meu diretor, e que eu estaria subordinado ao senhor Célio.
Logo em seguida minha esposa faleceu, e três meses após fui demitido. O mundo desabou sobre a minha cabeça. Estava viúvo, com dois filhos pequenos, e agora desempregado.
Aos poucos a situação foi clareando, descobri que alguns colegas de trabalho já sabiam da minha doença. Procurei uma advogada para acionar a empresa por discriminação. Conversei com colegas de trabalho que aceitaram ser minhas testemunhas no processo.
Estou processando a empresa não pelo dinheiro, pois todo o dinheiro do mundo não paga a humilhação que passei diante de amigos e familiares.
Estou confiante na vitória, pois a justiça será feita, e com certeza outros pensarão bem antes de discriminar seus funcionários pelo fato de terem o vírus HIV correndo em suas veias. A AIDS levou muitos de nossos amigos e nos ensinou a importância de celebrar a vida e preservar o significado e a memória que construímos juntos.O preconceito isola e não leva a nenhum lugar portanto se for acontecer com voce não hesite em procurar seus direitos o preconceito é crime e deve ser punido com tal.                                                                                                                                 CRONICA:                                                                           Meu filho é gay. E agora?

André C. Massolini

Hoje em dia parece que discutir sobre a homossexualidade é algo que está em alta e que os meios de comunicação de massa querem aproveitar-se.
O que percebemos, porém, no dia-a-dia difere do mundo mágico criado pela televisão, principalmente quando o gay está dentro de minha casa! Aí aquela imagem engraçada e alegre (em inglês, gay) torna-se uma preocupação para os pais.
A questão está justamente na imagem que se tem e nos conceitos criados sobre a homossexualidade. E os conceitos previamente fabricados sobre algo nada mais são do que chamamos de preconceito (pré-conceito).
Os pais têm que quebrar a imagem de achar que um filho gay é um filho querendo ser mulher; de achar que têm um filho que quer usar roupas femininas; de achar que têm um pervertido dentro de casa ou tantas outras imagens errôneas.
No Zorra Total, da Rede Globo, havia um quadro no qual o pai estava falando de quão macho era seu filho aos amigos e, de repente, este filho aparecia saltitando e gritando: Papi! Ao final, o pai virava-se para a câmera e perguntava: onde foi que errei? Aqui está uma das grandes provas de como se vê a figura de um homossexual, isto é, como aquele que é um erro, um desvio, um coitado que saiu anormal, alguém desprezível, uma pessoa com a qual deve-se tomar cuidado e manter certa distância etc.
O carinho, respeito, confiança e orgulho são características intrínsecas aos pais. Será que os pais estão conseguindo transmitir todas estas qualidades de verdadeiros pais aos filhos gays? O amor característico aos pais é o amor incondicional. Será que os pais estão amando incondicionalmente os filhos gays ou estão pondo condições para amar?
Existe o caso absurdo de pais que levam os filhos em médicos quando descobrem a orientação do filho! Ou ainda aqueles que oferecem dinheiro ou o melhor carro do ano caso o filho mude de opinião e deixe de ser gay. Parece até piada, mas acontece aos montes.
Reparem que disse orientação e não opção, pois existe uma grande e substancial diferença entre estes termos. Ninguém opta por nascer gay. Às vezes, ouvimos: nossa, o fulano depois de velho resolveu virar gay. Não é que alguém resolve “virar” gay! O que acontece é que a pessoa sempre foi gay, desde criança, mas sofreu as mais diversas pressões familiares e sociais, não tendo possibilidade de perceber sua real orientação homossexual, ou seja, na primeira oportunidade que lhe apareceu, descobriu.
Pais verdadeiros não sufocam os filhos, pois querem que estes sejam felizes e que descubram o que é o amor. Quem disse que a minha forma de amar é a correta ou a melhor? Ou ainda a única forma e possibilidade de amor? Existe um livro, de um historiador, que se chama “O amor entre iguais”, o qual não tive a oportunidade de ler ainda, mas apenas apreciei a entrevista que o autor concedeu a Jô Soares, no qual ele relata a homossexualidade no decorrer da História. Muita gente não tem conhecimento de que na Grécia, por exemplo, a forma de um homem inteligente se apaixonar era apenas amando um outro homem; apaixonar-se por uma mulher era para os ignorantes, visto que a relação com mulheres era apenas para a procriação, ao passo que o amor era reservado a alguém do mesmo sexo. 
O judaísmo tem o sêmen como algo sagrado, simbolizando a vida. O cristianismo tem origens judaicas e, portanto, irá colocar a fertilidade e a procriação como algo sagrado. Porém, nota-se nitidamente apenas uma mudança de costumes ou paradigmas, apenas um contexto cultural diferente, sendo que a cultura dominante foi a ocidental cristã e por isso que a homossexualidade passou a ser vista, desde então, como anormal.
A intenção deste artigo é apenas tentar clarear um pouquinho a mente e o pensamento de pais que muitas vezes sentem-se aflitos diante do que está evidente e claro a eles. E aqui formação acadêmica de nada vale! Tem gente que acha que uma psicóloga irá aceitar o filho, ao passo que uma pessoa que não teve possibilidade de estudos não. Grave erro de quem assim pensa. Pessoas que têm curso superior, pós-graduados, mestrados ou doutorados muitas vezes condenam e julgam, sentados em seu trono da auto-suficiência e arrogância, legitimados em títulos e diplomas. No entanto, nenhum diploma confere respeito, carinho e, acima de tudo, amor.
Senhores pais, o que os senhores ensinaram a seus filhos? A ter vergonha? A ter vergonha de ser o que se é? Então, meus parabéns, pois os senhores estão transformando o próprio filho num monstro, num poço de desânimo e tristeza profundas, em alguém amargo e cheio de conflitos. Em nome do que “os outros vão pensar ou falar” vocês sufocaram o SER de alguém, vocês transformaram o filho de vocês naquilo que vocês querem que ele seja e naquele bonequinho que vocês podem apresentar à sociedade... um bonequinho sem vida própria que vive diariamente sufocando os próprios sentimentos, culpando-se e entristecendo-se por não ser “aquilo que os pais querem que ele seja”.
Muitos filhos que assim foram criados tornaram-se os bonequinhos dos pais e namoraram, casaram e constituíram família. E hoje são os inúmeros homens casados e pais de famílias procurando mocinhos na Internet, nas salas de bate-papo ou nos banheiros públicos das cidades vizinhas. Mais uma vez, parabéns pais!!!
Por fim, quero dizer que não se corrige o que não está errado, que não se torna normal o que não é anormal. Alguém que é gay é gay essencialmente e não ocasionalmente. Existem correntes de pensamento que dizem que um gay vai contra o seu ser. Filosoficamente isto está incorreto, visto que, desde sempre, seu ser, ou seja, sua essência foi sentir-se atraído por pessoas do mesmo sexo. E esta é uma das formas ou orientações da sexualidade. Quem pode dizer o que é normal? Quem estabeleceu os padrões? O que é uma relação sexual normal? Existe alguma relação sexual anormal? Quem poderá julgar? Afinal, entre quatro paredes as pessoas revelam muitas coisas e pessoas consideradas “puras e sem mácula” descortinam-se em momentos de sexo anônimo, por exemplo. E deixou de ser normal? Quem justifica a homossexualidade como algo que vai contra a essência precisa aprofundar-se um pouco mais em Filosofia. Sugiro começar por Sócrates, visto que descobriu a essência do homem (psyché).
Não pretendo e nem quero convencer ninguém de nada. Este é apenas mais um artigo como todos os outros, no qual partilho e filosofo sobre assuntos divergentes. Quero aproveitar e dizer a meu pai, André, e minha mãe, Nair, que os amo muito e que sem vocês eu jamais seria o que sou hoje. Obrigado por estarem comigo e me amarem sempre.

                                                                           

Nenhum comentário:

Postar um comentário