quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Vou vivendo.Apesar de toda força das marés contrarias, meu barco vai de vento em popa, sorte a minha, que aprendi desde  muito cedo lutar contra varíos obstáculos, agora toda essa experiência me serviu de guia nessa jornada, onde a bussola não é muito precisa . Ainda que tudo aponte para uma direção nem sempre o caminho está seguro dos fortes ventos, mas com fé, em Deus e na vida vou sobrevivendo, tive alguns naufragios contornados e espero poder contornar todos outros que possam vir, porque sei que em parte depende do meu pulso forte com leme, sei que um dia a jornada vai chegar ao fim mas não vai ser por falta de luta e apreço pela vida que ela vai terminar,tenho muito que aprender ,lutar e conquistar!!!                                                                              

Paulo, 34 anos.
Soropositivo há 12 anos.
"Sou homossexual e sou de uma geração muito desinformada sobre a AIDS. Sai três vezes com um homem casado. Eu ainda quis que ele usasse preservativo, mas ele não quis e, como na época, não havia muita informação sobre a doença, transamos sem camisinha.
Depois de algum tempo, começaram a falar muito sobre a AIDS e, resolvi fazer o teste anti HIV por desencargo de consciência, mas no fundo, já suspeitava que podia estar contaminado.
Quando você tem alguma dúvida, ou você a esclarece, ou morre com ela. Pensava uma coisa sobre a doença, mas quando tive certeza, vi que a realidade era bem diferente daquilo que eu imaginava.
Fui buscar o resultado e pediram para eu aguardar para falar com o médico.Ele me chamou e me disse que eu era soropositivo. E me indicou o COAS (Centro de Orientação e Aconselhamento Sorológico) para que eu fizesse o tratamento médico e psicológico.
Principalmente o psicológico, porque pegar o diagnóstico foi como morrer naquele instante. Era uma doença nova, ninguém a conhecia muito bem e para mim, ela era sinônimo de morte.
Passaram-se tantas coisas pela minha cabeça: esconder da família (minha mãe não sabe até hoje), como seria no trabalho, camisinha, como seria transar, conto ou não conto.
Não existiam remédios, o coquetel era só para quem tinha alto poder aquisitivo. Só um tempo depois que as ONGs e o Estado implantaram medicamento gratuito.
Depois que eu soube da doença, fiquei dois anos para confiar em alguém e ter novamente relação sexual. Foi muito difícil, tinha muito medo de contaminar meu parceiro. Eu me sentia sujo, estranho. Hoje, sou uma pessoa mais seletiva, não saio com qualquer pessoa, e também não sinto necessidade de falar que sou soropositivo.
O preservativo é usado sempre para não haver perigo de contaminação. A maioria das pessoas acha que só quem é homossexual faz parte do grupo de risco, na proliferação do HIV.
Deve-se ter consciência e precaução para que não se comprometa outras pessoas, porque isso é crime.
Só há dois anos que apareceram em mim as doenças oportunistas, a candidíase esofágica mediante infecção urinária e a pneumonia sistóide. Aí que senti mesmo que havia o vírus dentro de mim, parecia que ele estava dormindo todo esse tempo.
E, de repente, quando você já está se conformando com a doença, ela se manifesta. Eu disse se conformando, porque aceitar, jamais.
Ainda tenho problemas com as medicações. É tudo muito difícil.Por isso, eu digo que quem não tem a doença ainda, é bom se prevenir, porque ela dá trabalho... "
      

Sintomas e fases da aids


Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV - tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença. Esse período varia de 3 a 6 semanas. E o organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebido.
A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas que não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.
Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4 - glóbulos brancos do sistema imunológico - que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.
A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids. Quem chega a essa fase, por não saber ou não seguir o tratamento indicado pelos médicos, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. Por isso, sempre que você transar sem camisinha ou passar por alguma outra situação de risco, faça o teste!Nas suas relações sexuais use sempre camisinha!DIGA NÃO AS DROGAS MAS SE USAR USE SERINGAS DESCARTÁVEIS!                                                                    

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