segunda-feira, 2 de julho de 2012

DIAS MELHORES

Pílula 'quatro em um' torna tratamento do HIV mais 'seguro, simples e eficaz'


Célula infectada pelo HIV: nova pílula ajuda a interromper replicação do vírusUm novo comprimido que combina quatro drogas anti-HIV em um único tratamento diário é seguro e eficaz, de acordo com um estudo publicado nos EUA.

Espera-se que a "pílula quatro em um" torne mais fácil para os pacientes manter a medicação e melhorar os efeitos de seu tratamento.

Um estudo publicado na revista especializada Lancet afirma que esta poderia ser uma "nova opção de tratamento".

Um especialista britânico disse que a pílula era "uma grande notícia" e fazia parte de um movimento em direção a doses diárias únicas para portadores do HIV.

O HIV é incurável, e o tratamento da infecção requer terapia que combina múltiplas drogas usadas para controlar o vírus.

Isso pode significar tomar vários comprimidos em diferentes horários do dia. E esquecer de um significa que o corpo pode perder a luta contra o HIV.

Pesquisadores e empresas farmacêuticas têm combinado alguns medicamentos em comprimidos individuais, para facilitar a administração das doses.

A "pílula quatro em um" é a primeira a incluir um tipo de droga anti-HIV conhecido como um inibidor da integrase, que interrompe a replicação do vírus.

'Segura, simples, eficaz'

Paul Sax, diretor clínico do Brigham and Women's Hospital, em Boston, Massachusetts, e professor associado da Harvard Medical School, disse: "A adesão dos pacientes à medicação é vital, especialmente para pacientes com HIV, onde a perda de doses pode levar o vírus a tornar-se resistente."

Ele liderou a pesquisa comparando o efeito da pílula quatro em um com o do melhor tratamento disponível até então em 700 pacientes. Ele disse que a pílula quatro em um era tão segura e eficaz quanto as opções anteriores, embora houvesse um nível maior de problemas renais, entre aqueles que a tomam.

"Nossos resultados fornecem uma opção adicional altamente potente e bem tolerada, e reforça a simplicidade do tratamento através da combinação de vários antirretrovirais em um único comprimido."

Dr. Steve Taylor, especialista em HIV no Birmingham Heartland Hospital, disse: "Sem dúvida, o desenvolvimento de uma pílula única é um grande avanço no combate ao HIV."

"Passamos um longo tempo com pessoas tomando até 40 comprimidos três vezes ao dia", diz.

Ele disse que o novo comprimido foi "uma grande notícia" para as pessoas com HIV e que a pílula quatro em um aumentaria as opções de tratamento.

No entanto, ele alertou que muitas pessoas ainda tinham o HIV não diagnosticado. Um quarto das pessoas com HIV no Reino Unido não sabem que estão infectadas.

A pesquisa foi financiada pela empresa de biotecnologia Gilead Sciences.

Cientista defende uso de vacina no combate à Aids                                                                                           O cientista Stanley Plotkin, descobridor da vacina contra a rubéola, ressaltou nesta terça-feira (12) que, de acordo com as primeiras provas experimentais realizadas, é possível desenvolver vacinas "eficazes" contra a Aids (HIV), a malária e a tuberculose.

Atualmente, os pesquisadores desenvolvem uma nova vacina que trabalha sobre nove sorotipos, cinco a mais que as vacinas atuaisEstas três vacinas são os três "principais objetivos" da pesquisa no futuro "a longo prazo", assinalou Plotkin durante uma entrevista no encontro científico "Forovax VI", que foi iniciado ontem e será encerrado nesta terça-feira em Pamplona, no norte da Espanha.
Além de Plotkin, o Fórum reuniu outros especialistas de prestígio internacional, como o catedrático espanhol Ángel Gil de Miguel e Javier Moreno, presidente-executivo de Asjusa Letramed e especialista em Direito sanitário.
Apesar de não ter apresentados nenhum tipo de resultado, Gil de Miguel também defendeu a eficácia da vacina e, neste caso, contra o vírus do papiloma humano, implicado na aparição do câncer do colo do útero.
Segundo Gil de Miguel, existem dados vindos da Austrália que comprovam com sucesso a vacina contra doenças genitais (DST). "Mas, em relação ao câncer, devemos demorar um pouco mais para vê-las".

Atualmente, os pesquisadores desenvolvem uma nova vacina que trabalha sobre nove sorotipos, cinco a mais que as vacinas atuais. Com base nesta nova pesquisa, a porcentagem de proteção poderá se elevar até 90%, contra 70% da atual. Apesar dos avanços, essa nova vacina ainda "vai demorar para ser concluída". 

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